A LENDA DA VITÓRIA RÉGIA – TURMA DO FOLCLORE
Há quem diga que há muitos anos atrás um forte indiozinho havia se transformado em estrela. E esta estrela foi crescendo e crescendo, dando origem a lua.
Alguns não acreditam nesta história, outros sim, como a indiazinha Naiá.
Naiá era uma amante da natureza, cuidava de rosas e plantas com muito carinho e amor e adora se enfeitar com elas.
Ela sempre foi conhecida em sua aldeia por ser apaixonada pela luz da lua. Mal podia esperar que o sol se retirasse para que a noite chegasse e ela pudesse contemplar a luz do luar.
Até que em um dia de lua cheia, ela notou de sua oca que o brilho da lua estava mais intenso, e saiu para contemplá-lo.
Chegando até a beira do rio, avistou um facho de luz sob a água. Neste momento, se apoiou sobre uma pedra para chegar mais perto.
Foi aí que viu a figura de um belo índio refletido na água, vindo da luz da lua. A indiazinha se encanta pelo índio, e em um ato de impulso, tenta dar um beijo na imagem refletida.
Neste momento, ela se desequilibra, cai no fundo do rio e vai afundando, desacordada. Até que um facho de luz atinge algumas plantas, raízes e algas do rio, que despertam e se entrelaçam, envolvendo Naiá.
E uma planta formada por uma grande folha em forma de círculo e com bordas levantadas, começou a erguer Naiá até a superfície.
Esta planta é conhecida como a Vitória Régia.
Desde então, a indiazinha passou a ser chamada com o nome da famosa planta amazônica. Flutuando nas beiras dos rios sob uma grande raiz redonda.
A Vitória Régia é muito caridosa, e distribui plantas para os animais da floresta. O suco extraído de suas raízes é utilizado como tintura negra para os cabelos.
Durante a noite, flores brancas e perfumadas florescem de sua raiz, enquanto contempla a luz da lua e o brilho das estrelas.