A LENDA DO BOI BUMBÁ – TURMA DO FOLCLORE
Entre o norte e o nordeste do Brasil havia uma grande fazenda repleta de animais. Seu proprietário era um importante fazendeiro, dono de muitas terras. Ele tinha diversos empregados e cuidava dos animais da fazenda com toda dedicação.
Entre seus animais, havia um que chamava muita atenção. Um boi preto grande, de chifres reluzentes e muito vistoso.
Seus empregados tinham um carinho especial pelo animal, que era o preferido do fazendeiro.
Mas um dia, ele sentiu falta do seu animal predileto. Foi então que chamou seus empregados para procurarem o boi. Todos procuraram pelo pasto, celeiros e baias da fazenda, e nada do animal. Eles saíram por todos os lados.
Até que no terceiro dia, avistaram o boi nas margens do rio, muito doente, com febre alta e quase desfalecido.
Um dos empregados foi avisar o patrão, que desesperado foi correndo ver seu boi. Ele estava muito doente e com a garganta inflamada.
Um de seus empregados teve uma ideia, e arrancou em disparada para chamar o Pajé de uma tribo indígena ali da região.
Quando o Pajé chegou com os índios de sua tribo, evocou todos as suas entidades protetoras, lançando uma magia sobre o boi.
Neste momento, algo mágico aconteceu e o boi despertou completamente fantasiado, com uma estrela na testa e uma manta repleta de insígnias, medalhas e muitas fitas coloridas. Passou a dançar efusivamente, balançando a cabeça e o corpo com muita euforia.
O fazendeiro não se continha de tanta alegria e gritou:
– “Viva o Bumba meu boi”.
No dia seguinte, dia 30 de junho, ele organizou um grande desfile para seu boi, enfeitando toda a fazenda com bandeirinhas e fitas. Convidou seus empregados, o pajé e sua tribo em forma de agradecimento.
Eles tocaram zambumba, pandeiro, matracas e tambores noite afora, e o fazendeiro celebrou com muita festa a vida de seu querido boi.